Naquele tempo, tudo o que eu sabia
era uma folha verde, ampla como um campo,
e a minha verdade era aquilo, a minha folha
imensa: berço, alimento e casa.
Depois, o alimento repugnou-me (tanta gula!)
e recolhi-me contrito, envolto em mim:
a minha verdade foi o silêncio e a paz.
Mas (tudo muda?) o que teci para mim
foi ficando pequeno demais quando
a energia nova inflou minhas artérias:
então, grande e belo, abri de vez minhas asas novas
e não neguei meu corpo para o espaço.
Hoje o vento me ensina ritmos
entre as flores e o azul:
minha verdade agora é o Sol.
* * *
Poema de Paulo Tarcizio da Silva Marcondes
Livro “Terra Vegetal” – Reg. Biblioteca Nacional: 133.608
As fotos tomei emprestadas destes blogs:
João Martins 08 - redecurumimsantana.blogspot.com
portalsaofrancisco.com.br
uketag795.blogspot.com
nandalf.blogspot.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário