Atrás: Vovó Ana Emília, Mamãe comigo no Colo e Papai.
Na frente, meus irmãos Pedro, Zaga, Carlinhos e Ana Clara.
Ainda faltavam nascer alguns, estávamos em 1948.
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Tenho para comigo às vezes
O carinho de um pai cansado.
De mim às vezes sinto
Saudade como de um irmão distante
Tenho às vezes para comigo
A compreensão de um amigo certo.
A mim mesmo me consolo às vezes
Como uma avó paciente.
Sinto às vezes por mim
O desprezo de um forte para um fraco
Ou o dó de um forte para um fraco.
Acredito por vezes em mim
Como numa pessoa amada e franca
E desconfio várias vezes de mim
Como de uma pessoa amada e fraca.
Às vezes me entusiasmo comigo
Como com um professor seguro e sábio
Ou como com um aluno promissor,
E às vezes me vejo fazendo tolices, tonto,
Mas, como mãe confiante,
Não desanimo de mim.
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Poema de Paulo Tarcizio da Silva Marcondes
Livro “Terra Vegetal” – Reg. BN n. 133.608
Foto: Fotógrafo de rua ("lambe-lambe") - Aparecida - 1948
que poema lindo!!! O mais lindo que já vi aqui.Para mim vc é sempre o professor seguro e sábio. Te amo!
ResponderExcluirPapai querido, lindo poema. Faz-me pensar na nossa imensa complexidade. Sou muito orgulhosa de você, papai, do professor seguro e sábio e jovem promissor, “deizentudo”, à criança acanhada que por vezes prefere a natureza calma à presença de incontroláveis coleguinhas e instituições. O importante é, mesmo, sermos felizes e seguros com tudo isso que nos forma, e viver a vida com alegria e paz. Um grande abraço da filhinha.
ResponderExcluirPaulo, me emociono vendo essa foto! Sei que no seu coração vc guarda uma imagem linda do seu pai, da herança que ele deixou e fez de vc o homem sábio que vc é, que eu admiro e respeito!Mas tudo isso acontece pq sua alma é boa! Soube colher o que seu Pai plantou na sua alma de menino pq sua alma já era terreno fértil onde as sementes caíram suavemente e brotaram apesar de todas adversidades!
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