Digo para Anamaria, minha mulher, enquanto pego as armas: Tenho que sair para fazer a caçada, não pode passar de hoje.
Mas ela cuida de mim: Volta logo! Você vai fazer uma caçada muito grande? Quando chegar, chama que eu ajudo a pôr tudo para dentro.
Eu beijo minha mulher, procuro tranquilizá-la: Não se preocupe, volto logo.
Fecho a porta da cabana, cuidadoso, e saio para o vento. Vou caminhando com firmeza e atenção, atravesso as veredas que se cruzam, não me perco, não me atrapalho, deixo a pradaria, penetro na floresta, sei para onde vou. Presto atenção a tudo, mas não me deixo distrair do meu objetivo principal.
O caminho para o estacionamento é sem riscos, quase. Quando volto de vez para a casa, conto para ela: A lua está linda!
Ela corre para pegar a máquina. Vai fotografar para postar no blog.
Texto: Paulo Tarcizio da Silva Marcondes
As caçadas são tão esperadas porque existem perigos por toda a savana. Vencidos os perigos, nós nos sentamos para comemorar a sua chegada e tomamos uma bebida. Ou então tomamos um café. Tudo é muito acolhedor.Enquanto isso, lá fora, os leões rugem, os ventos uivam por toda a noite e na madrugada. Nós estaremos dormindo sossegados. Bjos
ResponderExcluirPaulo, vida dupla todos nós temos ou já tivemos.
ResponderExcluirHá cerca de 50 anos ou um pouquinho mais, todos
nós éramos ao mesmo tempo reis de grandes potên-
cias mundiais e varríamos o quintal para não le-
var bronca da mãe. Eu já pilotei aviões de guer-
ra ao mesmo tempo em que estava varrendo o gali-
nheiro. Bem-aventurado o adulto que enquanto vi-
ve a sua vidinha, escreve uma biografia paralela
para apagá-la quando der na telha. Zaga.20.7.11
17:50 horas.
Eu conheço bem as caçadas do papai Paulo Tarcizio... Elas são recheadas de coxinha com doce de leite... ah, e amendocrem também.
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